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O plano sobre o futuro do Kosovo, apresentado por Marti Ahtisaari, não menciona a palavra «independência», nem sugere a perda da soberania sérvia sobre o território. Mas coloca claramente o Kosovo no caminho de uma futura independência. Dá-lhe direito de acesso a organizações internacionais normalmente reservadas a estados soberanos, a uma bandeira e a um hino, e prevê uma larga autonomia governativa para o território.

O Presidente kosovar albanês, Fatmir Sedjiu, aceitou hoje o plano proposto pelas Nações Unidas para o futuro estatuto do Kosovo e considerou que ele vai conduzir à independência da província enquanto que em Belgrado, o Presidente da Sérvia, Boris Tadic, já rejeitou o plano Ahtisaari, por considerar que ele «abre a possibilidade da independência», que declarou ser «inaceitável» para a Sérvia.

Desde a guerra de 1998, o Kosovo é administrado pelas Nações Unidas e alberga uma força internacional da NATO, destinada a manter a paz entre as duas comunidades. A divulgação deste plano poderá, uma vez mais, reacender um conflito que nunca deixou de existir.

Fontes: PortugalDiário e TVI