A blogosfera não é toda igual ...
"Por muito que insistam os sargentos em busca de exércitos, a blogosfera não é toda igual. Há blogues e blogues. No mesmo ambiente rico de informação, alimentado pelo debate e tornado poderoso pelo hipertexto, coexistem diversos tipos de projectos de publicação, desde o mais despretencioso diário pessoal, quase íntimo no relacionamento com uma audiência directamente ligada ao autor, até à publicação de múltiplos autores com a ambição de assumir um papel de relevo no panorama mediático e tendo por alvo uma audiência concorrencial, em número, com a dos órgãos tradicionais.
A uns dará jeito o actual sistema, controverso e complicado, que na teoria iguala uma voz anónima a um cidadão vulgar e a um profissional de comunicação. Mas este sistema não é auto-sustentável, para roubar a expressão à economia.
Meter tudo isto no mesmo saco é péssimo. Ninguém olha todos os blogues por igual - a começar pelos próprios bloggers, que preferem uns e desqualificam outros. Aos poucos, a separação vai-se fazendo. Porque razão não pode também a sociedade preparar um relacionamento diferente, em função das características de cada publicação?
Um blogger que quer ser respeitado pelo que faz, num enquadramento de responsabilidade que é recusado pela maioria dos bloggers; o que deve fazer? Sujeitar-se à ditadura de opinião dessa gente? Perder a sua liberdade autoral e de utilizador destas ferramentas tão formidáveis quanto livres e acessíveis a todos, só porque as deseja usar de forma diferente da mole?
Eu diria que não. Tal blogger pode ter um estatuto que o reconheça e proteja. Que o liberte para publicar no seu blogue tanto mera opinião como produto jornalístico sem se olhado de lado, colado ao ramalhete dos "póvoas online", dos "anónimos vigilantes do poder" e outros grupos igualmente idóneos. Há um conjunto de blogues nessas circunstâncias.
Não defendo, de forma alguma, que o estatuto seja obrigatório. Pelo contrário. Nada de misturas."
Paulo Querido, jornalista e blogger
Via Praça da Republica
Link Expresso
A uns dará jeito o actual sistema, controverso e complicado, que na teoria iguala uma voz anónima a um cidadão vulgar e a um profissional de comunicação. Mas este sistema não é auto-sustentável, para roubar a expressão à economia.
Meter tudo isto no mesmo saco é péssimo. Ninguém olha todos os blogues por igual - a começar pelos próprios bloggers, que preferem uns e desqualificam outros. Aos poucos, a separação vai-se fazendo. Porque razão não pode também a sociedade preparar um relacionamento diferente, em função das características de cada publicação?
Um blogger que quer ser respeitado pelo que faz, num enquadramento de responsabilidade que é recusado pela maioria dos bloggers; o que deve fazer? Sujeitar-se à ditadura de opinião dessa gente? Perder a sua liberdade autoral e de utilizador destas ferramentas tão formidáveis quanto livres e acessíveis a todos, só porque as deseja usar de forma diferente da mole?
Eu diria que não. Tal blogger pode ter um estatuto que o reconheça e proteja. Que o liberte para publicar no seu blogue tanto mera opinião como produto jornalístico sem se olhado de lado, colado ao ramalhete dos "póvoas online", dos "anónimos vigilantes do poder" e outros grupos igualmente idóneos. Há um conjunto de blogues nessas circunstâncias.
Não defendo, de forma alguma, que o estatuto seja obrigatório. Pelo contrário. Nada de misturas."
Paulo Querido, jornalista e blogger
Via Praça da Republica
Link Expresso
Etiquetas: Blogger, Blogoesfera, Imprensa, Legislação, Textos
Miguel
Sábias palavras,não??
Muito bem dito.
um abraço amigo querido!
beijos na linda família que não conheço de perto mas na qual tenho apreço!
beijo
Olá!
Só passei para dar os PARABÉNS!
Sim eu sei... foi dia 2... eu foi no dia 6!
Mesmo assim
PARABÉNS!!!
Beijo
O anonimato propicia muita aleivosia!
Caro Miguel, apesar da sua cópia alterada do meu artigo respeitar o meu licenciamento no Certamente!, deixo lavrado o meu descontentamento pela "obra derivada" da minha. Isto é: não gostei de ver o seu uso de links no meu texto, que considero uma adulteração desagradável. Azar o meu, claro, mas fica a nota.
Enviar um comentário
<< Home